doces bábaros

Eu e ela estávamos ali encostados na parede | Ela estava em silêncio, eu estava em silêncio | Eu sentia o corpo dela junto ao meu | Os dois seios, o ventre, as pernas | E os seus braços me envolviam | Eu pensei que ela deveria sentir o calor que eu estava sentindo | Nós dois estávamos imóveis encostados na parede | Eu não me recordo quanto tempo | Mas nós estávamos abraçados | E encostados ali há muito tempo | Eu não me recordava se eram horas, dias, meses | Nós dois esquecemos naquele momento que nós dois pretendíamos a paz | Dentro da violência do mundo | E sem perceber a chegada da paz, nós dois estávamos alojados dentro dela | E sem perceber a chegada da paz, nós dois estávamos alojados dentro dela | E sem perceber a chegada da paz, nós dois estávamos alojados dentro dela | Nós não saímos da parede e a paz nos encontrou subitamente | Não enviou nenhum sinal | E nós não procuramos a paz.

Este é meu blog pessoal. Pra acompanhar minha produção artística | literária | intelectual: http://maiaragouveia.com

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